Sol acima das nuvens

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domingo, 3 de março de 2013

Polinização e Eletrostática

A capacidade de uma abelha de transportar pólen de uma flor para outra depende de dois fatores:
  1. as abelhas adquirem uma carga elétrica durante o vôo;
  2. a antera de uma flor está isolada eletricamente da terra, mas o estigma está ligado eletricamente à Terra. 
Quando uma abelha passa nas proximidades de uma antera o campo elétrico produzido pela carga da abelha induz uma carga em um grão de pólen eletricamente neutro, fazendo com que o lado mais próximo da abelha fique ligeiramente mais negativo que o lado mais afastado. As cargas dos dois lados são iguais, mas as distâncias até a abelha são diferentes e a força de atração sobre o lado mais próximo é ligeiramente maior que a força de repulsão sobre o lado mais afastado. Em consequência, o grão de pólen é atraído para a abelha e fica preso nos pêlos do inseto enquanto este voa para a flor seguinte.
Quando a abelha se aproxima de um estigma de outra flor a carga da abelha e a carga induzida no grão atraem alguns elétrons de condução até a ponta do estigma, porque o estigma está ligado eletricamente à terra. Esses elétrons atraem as cargas de sinal oposto existentes no outro lado. Essa força muitas vezes é suficiente para fazer o grão de pólen saltar para o estigma, iniciando o processo de fecundação da planta. Hoje em dia os engenheiros agrícolas imitam esse processo borrifando as plantas com grãos de pólen eletricamente carregados, para que os grãos se concentrem preferencialmente nos estigmas.

a) A antera e o estigma de uma flor.
b) Uma abelha  induz uma c arga elétrica em um grão de pólen.
c) Elétrons se acumulam na ponta do estigma, atraindo o grão de pólen.


 Texto estraído do livro Fundamentos de Física, vol 3 - Eletromagnetismo / Halliday, Resnick, Jearl Walter, pág 36, Cap: 22.

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